quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Celibato

O Celibato (do latim cælibatus que significa "não casado"). Tanto o  Celibato como o casamento são dons de Deus. Nos fala a Bíblia em 1 Coríntios 7:6-7 o seguinte: “Digo isto, porém, como que por concessão e não por mandamento. Contudo queria que todos os homens fossem  como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele.”
Os discípulos perguntam ao Nosso Senhor “...não convém casar?... Não são todos que compreendem esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado” (Mt. 19,11).
“Todo aquele que tiver deixado casa, irmão ou irmâs, pai ou mãe, mulher ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá o cêntuplo e a vida eterna” (Mt 19,29). Em Lucas: “ Na verdade vos digo, que não há quem deixe, pelo reino de Deus, casa, pais, irmãos ou mulher que não receberá...a vida eterna” (Lc 18,29-30).
Ensina a Teologia que o matrimônio foi uma obrigação de direito natural, para os nossos primeiros pais, porém este preceito era devido a necessidade de propagação ou de conservação da raça humana.
S.Afonso diz que um pai não pode , de nenhum modo, obrigar um filho a casar-se, se este filho pretende escolher um estado mais elevado, como são a castidade no mundo ou a vida religiosa (Theol. Mor. 1.6 – tr.6).
O Celibato não é obrigação imposta por Deus, mas um conselho de Nosso Senhor transformado em preceito pela Igreja. São Paulo deixa claro que quem casa faz  bem e quem não casa faz melhor (1 Cor 7,8-40). O Padre, portanto, escolhe para sí o estado de vida mais perfeito, de acordo com sua vocação religiosa e seguindo o  exemplo de Nosso Senhor e seus  Apóstolos.
Nosso Senhor era virgem, uma perfeita pureza, o Sacerdote católico, que é o seu ministro, procura a melhor maneira possivel de imitar o seu modelo divino, que o mesmo disse: “Eu vos darei o exemplo para que façais como eu fiz” (Jo 13,15). Acrescenta ainda S.Paulo: “Sede os imitadores de Deus como filhos queridos” (Ef 5,1).
A mídia sempre traz estampado em suas manchetes este tema  que quase sempre é polemizado  de uma forma para que as pessoas tenha uma expressão confusa. O  Papa João Paulo II, escreveu em sua carta de 1967, onde institulava “Celibato Sacerdotal” nos afirma: “O celibato sacerdotal, que a Igreja guarda desde há séculos como brilhante pedra preciosa, conserva todo o seu valor mesmo nos nossos tempos, caracterizados por transformação profunda na mentalidade e nas estruturas (CS N.1). O que fica claro na cabeça de muita gente depois assistirem o que a mídia transmite, é que a Igreja deveria abolir o celibato e assim resolveria todos os problemas.
Vemos no Novo Testamento que, “Jesus escolheu os primeiros ministros da salvação e quis que eles fossem participantes dos mistérios do reino dos céus (Mt 13,11; cf. Mc 4,11; Lc 8,10) cooperadores de Deus a titulo especialissimo e seus embaixadores (2Cor 5,20) Jesu que lhes chamou amigos e irmãos (cf Jo 17,19) prometeu superabundante recompensa a todos quantos abandonem casa, família, mulher e filhos pelo reino de Deus (cf Lc 18,29-30). E até recomendou com palavras densas de mistério e de promessas, uma consagração mais perfeita ainda, ao reino dos céus, com a virgindade, em consequencia de um dom especial (cf Mt 19,11-12).
O Papa em sua carta, entende o celibato como amor incondicional a Cristo e a sua Igreja. A virgindade consagrada dos sacerdotes manifesta, de fato, o amor virginal de Cristo para com a Igreja e a fecundidade virginal e sobrenatural desta união em que os filhos de Deus não são gerados pela carne e pelo sangue (Jo 1,13). (10) CS 28).
Hoje a Igreja tem consciência da falta de sacerdotes em relação às necessidades da população do mundo. Tem a consciência de que não é abolindo o celibato que vai resolver o problema. Mas,  temos que ter muita fé e ter a consciência de que  a promessa do Senhor não falha: “Vos darei Pastores segundo o meu coração”( Jr 3,15). “Para Deus tudo é possível”(cf. Mc 10,27). Vamos orar como disse Jesus: “A Messe é grande, os operários poucos, pedi ao Senhor que envie operários para sua messe”( Mt 9,37).


Fontes:
www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents
http://www.lepanto.com.br/
http://attachment.googleusercontent.com

por Francisco Antonio Leitão, Téologo e Licenciado em História

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